O israelense Simon Leviev, acusado de estelionato em aplicativos de encontros - e inspiração para o bem-sucedido documentário da Netflix "O golpista do Tinder" - foi libertado na Geórgia após dois meses de detenção, informou sua advogada nesta sexta-feira (14).
O homem de 34 anos, cujo verdadeiro nome é Shimon Yehuda Hayut, é acusado de fraudes financeiras, especialmente de seduzir mulheres na internet para lhes tirar dinheiro.
Simon Leviev havia sido detido em setembro no aeroporto de Batumi, cidade balneária georgiana situada às margens do mar Negro, a pedido da Interpol após uma solicitação da Alemanha.
Detido em uma prisão de Kutaisi (oeste), ele foi libertado "sem condições" depois que a Alemanha desistiu de seu pedido de extradição, informou à imprensa sua advogada Mariam Koublachvili.
"O caso foi definitivamente encerrado", declarou.
Ela afirmou que os promotores alemães abriram uma investigação contra Simon Leviev após uma queixa apresentada por uma mulher em Berlim que afirmava ter sido vítima de um golpe de 50 mil euros (R$ 307 mil) depois de encontrá-lo no aplicativo Tinder.
Entre 2017 e 2019, Simon Leviev teria se passado por um rico herdeiro no Tinder e convencido diferentes mulheres a lhe emprestar somas importantes de dinheiro que ele depois não devolvia.
O comportamento de Simon Leviev foi alvo de várias investigações jornalísticas.
"O golpista do Tinder", documentário da Netflix que conta a história de várias de suas vítimas, teve sucesso mundial quando foi lançado em 2022.
Segundo a imprensa, Simon Leviev teria fraudado cerca de 10 milhões de dólares (R$ 53 milhões) de suas vítimas em vários países.
Leviev negou as acusações em 2022, ao afirmar à rede americana CNN que usou o Tinder apenas para "encontrar garotas".
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