A Argentina apresentou o memorando inicial para ingressar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), informou nesta terça-feira (11) o organismo internacional, qualificando-o como um "passo decisivo" em seu processo de adesão.

Por ocasião da visita a Buenos Aires do secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, o ministro argentino das Relações Exteriores, Pablo Quirno, "apresentou-lhe o memorando inicial da Argentina, o que representa um passo importante rumo à adesão", indicou a organização em comunicado.

A Argentina expressou em 2016, durante a presidência do liberal Mauricio Macri, seu desejo de ingressar na OCDE, que seis anos depois iniciou o processo de negociações com o país, assim como com o Brasil, Peru, Bulgária, Croácia e Romênia.

Em maio de 2024, a Argentina recebeu as diretrizes que deverão ser aplicadas para integrar a organização, que reúne as maiores economias do mundo com regimes democráticos.

Inicialmente, a Argentina havia se comprometido a apresentar o memorando inicial antes do final de 2024.

A apresentação deste documento, uma autoavaliação preliminar realizada pela Argentina sobre a harmonização de sua legislação, políticas e práticas com as normas da OCDE, dá agora início à "fase técnica".

De acordo com as diretrizes para o processo de adesão da Argentina à OCDE, adotadas pelos 38 países-membros, agora será iniciado um diálogo com 25 comitês de especialistas que abrangem uma ampla gama de áreas de política pública.

Em agosto de 2024, Cormann havia explicado que este processo de revisão técnica duraria vários anos.

"O processo de adesão à OCDE complementa o ambicioso programa de reformas econômicas da Argentina, contribuindo para reforçar as bases do crescimento a médio e longo prazo", declarou o secretário-geral, citado no comunicado.

Isso "reforçará a confiança internacional nas orientações políticas da Argentina, apoiará um crescimento mais forte e sustentável, além de um aumento da renda e do nível de vida, ao mesmo tempo que reforçará a cooperação da OCDE com uma grande economia do G20", acrescentou.

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