O presidente da França, Emmanuel Macron, instou nesta quinta-feira (6) seu par sírio, Ahmed al Sharaa, a "se unir à coalizão internacional de luta contra o Daesh", uma das denominações do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
Os dois dirigentes se reuniram em Belém, no Pará, às margens da cúpula do clima COP30, que será acontece na cidade brasileira de 10 a 21 de novembro.
O Estado Islâmico, que chegou a controlar uma vasta região na Síria e no Iraque, foi derrotado em 2019 em solo sírio por forças curdas apoiadas por uma coalizão internacional. No entanto, o grupo mantém algumas células ativas.
"Estamos a poucos dias das homenagens de 13 de novembro", lembrou Macron à imprensa em Belém, em referência aos atentados jihadistas cometidos em Paris em 2015.
"Ninguém esquece" que esses ataques "foram planejados na Síria, por isso também é uma questão de segurança para os franceses", acrescentou o mandatário.
Macron explicou que espera "que a Síria seja um ator de pleno direito" em sua "luta contra os grupos terroristas e na região".
O dirigente francês deu boas-vindas ao levantamento das sanções contra o presidente interino sírio por parte do Conselho de Segurança da ONU, uma decisão simbólica antes de sua histórica visita à Casa Branca na próxima segunda-feira.
As forças de Al Sharaa, entre as quais se encontrava o grupo Hayat Tahrir al Sham (HTS), que ele dirigia e dissolveu desde então, derrubaram em dezembro de 2024 o ex-presidente sírio Bashar al Assad.
Como líder do HTS, Al Sharaa figurava desde 2013 na lista de sanções das Nações Unidas.
O HTS era conhecido anteriormente como Frente Al Nusra, antigo braço da Al Qaeda na Síria, mas rompeu seus vínculos com esse grupo jihadista em 2016.
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