Ao menos 40 migrantes da África Subsaariana, incluindo vários bebês, morreram no mar na costa da Tunísia nesta quarta-feira (22), enquanto tentavam chegar à Europa, informou uma fonte do Ministério Público à AFP. 

A embarcação precária, com 70 pessoas a bordo, afundou perto de Salakta, uma cidade costeira perto de Mahdia, no sudeste do país. 

Quarenta pessoas morreram e 30 foram resgatadas, disse Walid Chtabri, porta-voz do Ministério Público de Mahdia. 

O oficial de justiça não pôde fornecer mais detalhes sobre o ponto de partida da embarcação ou a causa do naufrágio. 

A rota central do Mediterrâneo é considerada particularmente perigosa. Desde 2014, 32.803 migrantes morreram ou desapareceram nessa travessia, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). 

A Tunísia, cujo litoral está localizado em alguns pontos a menos de 150 km da ilha italiana de Lampedusa, tornou-se nos últimos anos — junto com a Líbia — um dos principais pontos de partida no norte da África para aqueles que buscam chegar à Europa.

Em 2023, a Tunísia assinou um acordo de 255 milhões de euros (cerca de 1,3 bilhão de reais, na cotação da época) com a União Europeia, quase metade destinada ao combate à migração irregular, o que provocou uma queda acentuada nas partidas para a Itália. 

Desde o início de 2025, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), 55.976 pessoas chegaram à costa italiana, um aumento de 2% em relação ao ano anterior. 

No início de abril, as autoridades da Tunísia começaram a desmantelar os acampamentos informais de migrantes instalados em olivais perto de Sfax, onde viviam cerca de 20.000 pessoas.

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