O peso argentino abriu estável frente ao dólar no mercado de câmbio nesta quinta-feira(2), após ter perdido quase 5% de seu valor desde segunda-feira, em um contexto de fragilidade para o governo de Javier Milei que aguarda a ajuda financeira prometida pelos Estados Unidos. 

A Argentina enfrenta há semanas uma corrida cambial que foi ligeiramente amenizada após o anúncio do governo dos Estados Unidos de um resgate bilionário para o país. 

O presidente se reunirá com seu aliado Donald Trump na Casa Branca no próximo dia 14 de outubro. 

O apoio político e financeiro dos Estados Unidos ocorre em um momento crucial para Milei, que enfrentará eleições legislativas no próximo dia 26 de outubro. 

O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, anunciou nesta quinta-feira uma reunião "nos próximos dias" com o ministro da Economia argentino, Luis Caputo, para delinear a ajuda de Washington. 

Os Estados Unidos informaram que a assistência financeira para a Argentina incluirá uma troca de moedas de 20 bilhões de dólares (106 bilhões de reais) com o Banco Central argentino, a compra de dívida pública e uma linha de crédito direto, cujo montante e detalhes ainda não foram divulgados. 

Em uma mensagem na rede social X, Bessent destacou "a importância do sucesso das políticas econômicas do presidente Milei" e reiterou que "o Tesouro americano está totalmente preparado para fazer o que for necessário" para ajudá-lo. 

A mensagem do secretário do Tesouro foi divulgada pouco antes da abertura dos mercados na Argentina. 

O peso abriu com a mesma cotação de quarta-feira, em 1.450 por dólar americano nos telões do Banco Nación, o principal banco estatal da Argentina. Na segunda-feira, havia fechado a 1.380 pesos por dólar. 

No início de setembro, havia atingido 1.515 pesos, recuando para 1.360 pesos por dólar após os anúncios de apoio do governo dos Estados Unidos.

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