Uma mãe foi declarada culpada nesta terça-feira (23) na Nova Zelândia por matar os dois filhos e esconder os corpos em malas, em um caso que atraiu a atenção da imprensa internacional.
Hakyung Lee, 45 anos, foi extraditada da Coreia do Sul em 2022, depois que os corpos das crianças foram encontrados em malas deixadas em um depósito ao sul de Auckland.
As autoridades acreditam que as vítimas estavam mortas há entre três e quatro anos quando os corpos foram encontrados.
As crianças, Yuna Jo e Minu Jo, tinham oito e seis anos no momento da morte.
Os advogados de Lee argumentaram que ela não era culpada, alegando demência, e que a morte de seu marido em 2017 provocou uma espiral de depressão.
A Promotoria, no entanto, afirmou que ela tinha consciência de suas ações.
O júri do Tribunal Superior de Auckland a considerou culpada após apenas duas horas de deliberação.
Lee pode ser condenada à prisão perpétua, com um período mínimo de uma década sem a possibilidade de liberdade condicional, segundo a legislação neozelandesa.
Durante as três semanas de julgamento, Lee permaneceu sentada entre um tradutor e um segurança do tribunal, de cabeça baixa e tentando esconder o rosto com o cabelo.
Durante o processo, os advogados de Lee afirmaram que ela admitiu ter dado aos filhos o antidepressivo que causou as mortes.
Lee pensou que o melhor seria que toda a família morresse e os três tomaram antidepressivos, afirmou a advogada de defesa Lorraine Smith. Mas ela calculou a dose de maneira errada e, quando acordou, as crianças já estavam mortas.
str-oho/lec/rsc/arm/cjc/fp