Os incêndios florestais no oeste da Espanha queimaram mais 30.000 hectares em menos de 24 horas, segundo dados do serviço europeu Copernicus divulgados nesta terça-feira (19).
A mudança das condições meteorológicas, no entanto, aumenta a esperança de controle das chamas.
Desde o início do ano, 373.000 hectares foram destruídos na Espanha pelas chamas, 30.000 mais do que no dia anterior, com o número em progressão constante, segundo o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), que utiliza dados do Copernicus.
Este é o pior ano para a Espanha em termos de superfície consumida pelas chamas, superando 2022 - com 306.000 hectares queimados - desde que os dados do EFFIS começaram a ser compilados, em 2006.
A maioria da superfície foi consumida nos grandes incêndios que afetam, há mais de uma semana, as províncias de Zamora e León, além de Ourense e a província de Cáceres.
Milhares de pessoas de dezenas de localidades abandonaram suas residências, dezenas de rodovias foram bloqueadas e o tráfego ferroviário de Madri para a Galícia está paralisado.
O primeiro-ministro Pedro Sánchez visitará nesta terça-feira as áreas afetadas em Zamora e Cáceres.
Embora a extinção dos incêndios não seja iminente, o fim, na segunda-feira, da onda de calor que assolou a Espanha por 16 dias aumenta as chances de conseguir controlar as chamas.
Portugal detém o recorde europeu desde que os registros começaram em 2006, com 563.000 hectares queimados em 2017, em incêndios que causaram 119 mortes.
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