O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou nesta quinta-feira (10), na Malásia, que os países do Sudeste Asiático podem se beneficiar de tarifas mais vantajosas do que o resto do mundo. 

Rubio falou à imprensa à margem das reuniões de ministros das Relações Exteriores da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), que acontecem até sexta-feira na capital Kuala Lumpur.

A visita de Rubio, a primeira à Ásia desde que assumiu o cargo, coincide com as ameaças de Trump, esta semana, contra cerca de 20 países — muitos asiáticos — de que, se não chegarem a um acordo com Washington, estarão sujeitos a pesadas tarifas punitivas a partir de agosto. 

"Muitos países do Sudeste Asiático terão tarifas mais vantajosas do que outras regiões do mundo", disse Rubio nesta quinta-feira, sugerindo que isso pode ser uma vantagem comparativa. 

"Mas as negociações continuam. Haverá outras na próxima semana com o Japão. Há intercâmbios em andamento com praticamente todos os países aqui representados", observou, referindo-se à reunião da Asean. 

Trump anunciou na segunda-feira que as tarifas suspensas em abril seriam restabelecidas a partir de 1º de agosto e, em alguns casos, com aumentos ainda maiores. 

Esta semana, o presidente americano ameaçou mais de 20 países com tarifas adicionais que variam de 20% a 50%. 

Entre os países afetados estão alguns dos principais aliados de Washington, como Japão e Coreia do Sul, que enfrentam tarifas punitivas de 25%. 

Entre os membros da Asean, Indonésia, Laos, Tailândia, Malásia, Filipinas, Brunei e Mianmar correm o risco de enfrentar tarifas entre 20% e 40%. 

O Vietnã é o único país, juntamente com o Reino Unido, que chegou a um acordo preliminar com os Estados Unidos que garante sanções significativamente mais brandas do que o previsto. 

Antes da viagem de Rubio à Malásia, autoridades americanas disseram que Washington considera o Leste e o Sudeste Asiático uma prioridade.

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