Os huthis no Iêmen reivindicaram a responsabilidade por um ataque a um navio mercante no Mar Vermelho nesta segunda-feira (7), o primeiro em vários meses pelos rebeldes nesta via navegável essencial para o comércio global.
O ataque dos huthis, apoiados pelo Irã e inimigos jurados de Israel, foi realizado apesar de um acordo de cessar-fogo firmado em maio com os Estados Unidos, que pôs fim a semanas de intensos bombardeios americanos contra os rebeldes no Iêmen.
Segundo o porta-voz militar dos huthis, Yahya Saree, o ataque de domingo teve como alvo nas águas do Iêmen um "navio pertencente a uma empresa que violou a proibição da entrada em portos" de Israel.
O ataque foi realizado com "duas embarcações não tripuladas, cinco mísseis balísticos e de cruzeiro e três drones", disse Saree.
De acordo com duas agências de segurança marítima britânicas, o navio mercante foi atacado em Hodeidah, uma cidade no oeste do Iêmen controlada pelos huthis.
Desde o final de 2023, os huthis atacaram dezenas de navios que consideram ligados a Israel em águas iemenitas, além de embarcações americanas. Eles alegam estar agindo em solidariedade aos palestinos em Gaza.
O Exército israelense anunciou que bombardeou infraestruturas dos rebeldes huthis no Iêmen na manhã desta segunda-feira, incluindo o porto de Hodeidah e outras áreas controladas pelo movimento apoiado pelo Irã.
Horas depois, o Exército israelense afirmou ter detectado dois mísseis lançados do Iêmen.
O Exército israelense afirmou que os portos atacados no Iêmen são usados pelos huthis "para transferir armas do regime iraniano, que são usadas para realizar operações terroristas contra o Estado de Israel e seus aliados".
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