Três funcionários da direção do hospital britânico onde a enfermeira Lucy Letby trabalhava foram presos por suspeita de homicídio por negligência grave, anunciou a polícia nesta terça-feira (1º). Em 2023, Lucy foi declarada culpada pelo assassinato de sete recém-nascidos. 

Lucy Letby, de 35 anos, cumpre prisão perpétua sem possibilidade de liberdade pelo assassinato de sete bebês e a tentativa de homicídio de outros sete em sua unidade de cuidados intensivos do Countess of Chester (noroeste da Inglaterra), entre 2015 e 2016. 

"Na segunda, 30 junho, três pessoas que faziam parte da direção do hospital em 2015-2016 foram presas, suspeitas de homicídio por negligência grave", indicou o delegado Paul Hughes, citado no comunicado da polícia de Cheshire, no noroeste da Inglaterra. 

"As três foram colocadas em liberdade sob fiança enquanto a investigação continua", indicou, sem dar detalhes sobre sua identidade nem o local de sua prisão. 

Lucy Letby foi presa e posteriormente acusada em 2020 após uma série de mortes de recém-nascidos na unidade neonatal. Segundo a acusação, ela atacava suas vítimas, bebês prematuros e vulneráveis, durante os turnos noturnos, injetando-lhes ar, superalimentando-os ou envenenando-os com insulina.

Em outubro de 2023, a polícia de Cheshire abriu uma investigação por homicídio culposo contra o hospital Countess of Chester, pouco depois do primeiro julgamento de Lucy Letby.

A polícia ampliou a investigação em março a membros da equipe suspeitos de homicídio por negligência grave.

A investigação continua em andamento, informou a polícia nesta terça-feira.

Nos últimos meses, surgiram dúvidas sobre a culpa da ex-enfermeira, apresentada como a pior assassina de recém-nascidos na história moderna do Reino Unido.

Quatorze especialistas médicos em neonatologia reexaminaram o caso e questionaram a condenação de Lucy Letby.

Uma comissão judicial independente aceitou, em fevereiro, revisá-lo, com o objetivo de "detectar, investigar e, se for o caso, remeter possíveis erros judiciais aos tribunais de apelação".

Embora Lucy Letby sempre tenha declarado sua inocência, a Justiça britânica lhe negou duas vezes a possibilidade de apelar.

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