Uma incomum tempestade de granizo atingiu, neste sábado (31), a cidade egípcia de Alexandria, no Mediterrâneo, inundando estradas e causando danos a estabelecimentos comerciais no passeio marítimo.

A tempestade, um novo episódio na região de fenômenos extremos provocados pela mudança climática, ocorreu à noite, segundo um correspondente da AFP.

A tempestade de granizo obrigou as pessoas a fugirem dos cafés, enquanto raios rasgavam os céus e as passagens subterrâneas da cidade ficavam submersas.

O governador de Alexandria, Ahmed Khaled Hasan, elevou o nível de alerta e equipes de emergência trabalharam durante toda a manhã para rebocar carros e limpar os escombros. 

Segundo o Ministério da Saúde, não foram reportadas vítimas.

As tempestades são comuns na costa mediterrânea do Egito, mas segundo a imprensa local, a registrada neste sábado "não tem precedentes". 

Os cientistas afirmam que os fenômenos meteorológicos extremos são mais frequentes devido à mudança climática, que agrava as secas e a intensidade das precipitações.

Alexandria, a maior cidade litorânea do Egito, já sofreu os efeitos da erosão costeira, do aumento do nível do mar e de inundações provocadas por tempestades.

Segundo as previsões mais pessimistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, o nível do Mediterrâneo poderia aumentar um metro nas próximas três décadas.

De acordo com outros cenários mais otimistas, o Mediterrâneo se elevará 50 centímetros até 2050. Se isto ocorrer, 30% do território de Alexandria serão inundados. A cidade teria, então, que realocar parte de seus seis milhões de habitantes.

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