O ex-presidente da Coreia do Sul Yoon Suk Yeol foi indiciado nesta quinta-feira (1º) sob a acusação de abuso de poder após sua fracassada declaração de lei marcial, informou a Promotoria sul-coreana.

A nova acusação ocorre no momento em que Yoon enfrenta um julgamento por insurreição devido à sua declaração de lei marcial em 3 de dezembro, que buscava suspender o governo civil na Coreia do Sul. 

Soldados foram enviados ao Parlamento após o decreto, mas a lei marcial durou apenas seis horas e foi derrubada pelos legisladores da oposição, que escalaram as cercas para ter acesso ao prédio. Eles votaram pela destituição do então governante. 

O Tribunal Constitucional confirmou em abril o impeachment de Yoon. 

Os promotores acusaram o ex-presidente em janeiro, quando ainda estava no cargo, como "líder de uma insurreição", acusação pela qual não está protegido pela imunidade presidencial. 

"Prosseguimos com o julgamento (da insurreição) enquanto avançam as investigações complementares sobre abuso de poder que levaram a esta nova acusação", afirmou a Promotoria em um comunicado.

No dia anterior, as autoridades revistaram a casa do ex-presidente como parte de uma investigação por denúncias de suborno que incluem a ex-primeira-dama, Kim Keon Hee, e um xamã acusado de receber presentes caros para ela.

Se for condenado por insurreição, o ex-mandatário poderá ser sentenciado à prisão perpétua ou à morte, embora a Coreia do Sul tenha mantido uma moratória não oficial sobre execuções desde 1997. 

O país realizará eleições antecipadas em 3 de junho para escolher o sucessor de Yoon.

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