A Rússia declarou, nesta quinta-feira (16), o adido de defesa britânico em Moscou, Adrian Coghill, "persona non grata" em resposta à expulsão, na semana passada, de seu colega russo em Londres, acusado de espionagem. 

"Ele terá que deixar o território da Federação Russa dentro de uma semana", disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em um comunicado, explicando que havia convocado o embaixador britânico para transmitir essa decisão. 

O Ministério russo advertiu que poderia tomar outras medidas em resposta à decisão do Reino Unido, que descreveu como "hostil" e "antirrussa". 

Em 8 de maio, o Reino Unido denunciou "atividades maliciosas" e espionagem atribuídas à Rússia e anunciou a expulsão do adido de defesa russo, descrito como um "oficial de inteligência militar não declarado". 

Um adido de defesa é um membro das forças armadas que serve em uma embaixada e representa o setor do governo de seu país no exterior. 

A Rússia reagiu afirmando que a decisão britânica foi baseada em "mentiras flagrantes". 

O Reino Unido também anunciou que várias propriedades russas em solo britânico, que ele suspeita terem sido usadas "para fins de inteligência", perderiam seu status diplomático. 

As relações entre a Rússia e o Reino Unido, que se tornou um dos principais apoiadores da Ucrânia em face da ofensiva do Kremlin em 2022, são particularmente tensas. 

Nos últimos meses, os supostos casos de espionagem ligados a Moscou se multiplicaram no Reino Unido. 

Cinco búlgaros foram acusados no final de março, acusados de espionagem do país em nome da Rússia, embora tenham se declarado inocentes. 

No final de abril, um britânico de 20 anos foi acusado de acordo com a Lei de Segurança Nacional após ser acusado de organizar ataques a "empresas ligadas à Ucrânia".

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