O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, apelou nesta terça-feira (7) ao Irã para que adote medidas "concretas e tangíveis" para "acelerar" as negociações sobre o seu programa nuclear. 

Em uma coletiva de imprensa na cidade iraniana de Isfahan, Grossi disse que na sua reunião com as autoridades iranianas na segunda-feira lhes disse para "se concentrarem em medidas muito concretas, muito práticas e tangíveis que possam ser aplicadas para acelerar" a cooperação. 

O diplomata argentino que dirige esta agência da ONU reuniu-se na segunda-feira em Teerã com o ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, e com o diretor da Organização de Energia Atômica do Irã, Mohamad Eslami. 

A AIEA é responsável por verificar se o programa nuclear iraniano tem finalidades civis.

No entanto, desde 2021 as fiscalizações foram reduzidas, as câmeras de segurança foram desligadas e o credenciamento de um grupo de especialistas foi suspenso. 

Estas restrições geram medo na comunidade internacional, uma vez que o Irã dispõe de material suficiente para construir diversas bombas atômicas. 

O Irã, que alega que o seu programa atômico tem fins civis, afastou-se gradualmente dos compromissos que assinou no acordo internacional de 2015, que buscava regular as suas atividades nucleares em troca do levantamento das sanções internacionais.

Este pacto perdeu sua validade após a retirada unilateral dos Estados Unidos em 2018, durante o governo do republicano Donald Trump.

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