Os Estados Unidos vão restringir os vistos de diretores de várias empresas colombianas de transporte marítimo que facilitam a "migração irregular", informou o Departamento de Estado americano nesta segunda-feira (6).

"Estas empresas se aproveitam dos migrantes irregulares vulneráveis, oferecendo serviços concebidos principalmente para facilitar a migração irregular aos Estados Unidos", disse, por meio de um comunicado, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

"Várias empresas que oferecem transporte marítimo estão facilitando conscientemente a circulação irregular de migrantes e expondo-os à exploração e à violência", acrescentou, sem especificar quais.

As sanções não só buscam punir os responsáveis, mas enviar "um sinal".

"Ninguém deve se aproveitar dos migrantes vulneráveis: nem os traficantes de pessoas, nem as empresas privadas, nem funcionários públicos", insistiu Miller.

Estas sanções se inserem em uma política promovida por Washington em fevereiro passado, a poucos meses das eleições presidenciais de novembro, nas quais o democrata Joe Biden, candidato à reeleição, voltará a enfrentar seu antecessor, o republicano Donald Trump.

A afluência de migrantes é um dos temas que mais preocupam os eleitores americanos.

Há alguns meses, o governo Biden anunciou que restringiria os vistos de donos e diretores de companhias de voos charter, de transporte terrestre e marítimo que facilitam a "migração irregular".

A patrulha fronteiriça americana interceptou em março passado 189.372 vezes migrantes e solicitantes de asilo, em sua maioria latino-americanos, que cruzavam ilegalmente a fronteira com o México, segundo dados oficiais.

O número é um pouco inferior do de fevereiro e bem menor que os quase 302 mil de dezembro passado, mas o governo prevê que este número aumente com a chegada do calor em maio, junho e julho.

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