O Reino Unido anunciou, nesta sexta-feira (3), que impôs sanções aos "extremistas" israelenses devido ao "aumento sem precedentes" da violência dos colonos na Cisjordânia, e instou o governo israelense a "agir". 

"Os colonos extremistas minam a segurança, a estabilidade e ameaçam as perspectivas de paz", disse o ministro das Relações Exteriores britânico, David Cameron, citado em comunicado. 

As sanções visam dois grupos que realizaram "ataques" contra palestinos na Cisjordânia e quatro indivíduos "diretamente responsáveis por atos flagrantes de violência contra civis palestinos", acrescentou. 

"As autoridades israelenses devem tomar medidas fortes" contra os responsáveis pela violência, advertiu Cameron, e garantiu que o Reino Unido "não hesitará" em adotar novas sanções, se necessário.

Os dois grupos sancionados são o Hilltop Youth, por estabelecer "assentamentos ilegais com a missão de expulsar todos os palestinos dos territórios ocupados", e o movimento Lehava, por promover a violência contra as comunidades árabes e palestinas. 

Entre os quatro indivíduos sancionados está Noam Federman, ex-chefe do movimento antiárabe Kach (atualmente proibido), por treinar "grupos de colonos para cometerem violência contra os palestinos". 

O seu filho Ely Federman já foi sancionado pelo governo britânico em fevereiro.

As outras três pessoas sancionadas são Eden Levi e Neria Ben Pazi, pela sua participação em ataques e intimidações contra palestinos, assim como Elisha Yered, "porta-voz não oficial do grupo Hilltop Youth".

Os dois últimos também estão sujeitos a sanções da União Europeia desde o mês passado. 

Os Estados Unidos também adotaram medidas semelhantes em fevereiro.

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