O Kremlin descreveu, nesta sexta-feira (3), como "muito perigosas" as declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a possibilidade de enviar tropas terrestres para a Ucrânia, uma posição que já havia gerado polêmica. 

"A França, na pessoa do chefe de Estado francês, continua levantando constantemente a possibilidade do seu envolvimento direto no terreno no conflito em torno da Ucrânia. Esta é uma tendência muito perigosa", declarou o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov. 

"Estamos acompanhando tudo isso de perto e continuamos, e continuaremos, a nossa operação militar especial [na Ucrânia] até que todos os objetivos definidos tenham sido alcançados", acrescentou.

Em uma entrevista ao semanário britânico The Economist na quinta-feira, Macron reafirmou a sua posição sobre o possível envio de tropas para a Ucrânia. 

"Se os russos romperem as linhas da frente, se houver um pedido ucraniano – o que não é o caso hoje – deveríamos legitimamente levantar a questão", disse o presidente francês. 

No final de fevereiro, Macron gerou polêmica ao afirmar que não deveria ser descartado o envio de tropas ocidentais à ex-república soviética para impedir o avanço russo.

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