Paleontólogos descobriram fósseis de tartaruga gigante de 57 milhões de anos na Colômbia, informou na terça-feira (23) a universidade que liderou a exploração, cujos resultados são chave para entender a geografia da América do Sul nas épocas do Paleoceno e Eoceno.

Os fósseis dos répteis Puentemys mushaisaensis, que se calcula mediam cerca de 1,5 metro de comprimento, foram encontrados no município montanhoso de Socha (nordeste), informou a Universidade do Rosário em comunicado.

A descoberta é inédita nesta região andina, pois os exemplares desta espécie mais próximas estão a centenas de quilômetros em El Cerrejón, uma mina de carvão próxima do Mar do Caribe.

"Encontrá-los [os fósseis] 500 quilômetros ao sul [...] nos permite reconstruir e entender como eram as paisagens" do norte da América do Sul, pois, em vez das atuais montanhas andinas com mais de 5.000 metros de altitude, ali havia "lagos conectados e cordilheiras de altitude muito baixa", explicou Edwin Cadena, o paleontólogo responsável pela pesquisa.

O estudo "permite conhecer melhor a conectividade dos ambientes aquáticos do norte da América do Sul durante uma parte do tempo geológico conhecido como Paleoceno-Eoceno", acrescenta o comunicado.

Ambas as épocas fazem parte do Paleogeno (66 a 23 milhões de anos atrás), o primeiro período geológico depois da extinção dos dinossauros.

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