Os Serviços Ucranianos de Segurança (SBU) acusaram, nesta quarta-feira (24), um alto funcionário ortodoxo, que está à frente do principal monastério do leste do país, de ter revelado à Rússia posições do Exército ucraniano. 

A direção desse monastério depende do ramo da Igreja ortodoxa ucraniana historicamente vinculada a Moscou. 

Esse ramo proclamou sua independência em maio de 2022, pouco depois do início da invasão russa da Ucrânia, em reação ao apoio à guerra expresso pelo patriarca russo Kirill. Mas as autoridades ucranianas o acusam de estar há anos promovendo sentimentos separatistas. 

Os Serviços de Segurança declararam que o líder do importante templo ortodoxo de Sviatogirsk é suspeito de ter "repassado" aos russos "posições dos pontos de controle das Forças Armadas ucranianas" do distrito de Kramatorsk, na região de Donetsk. 

Ele é acusado de ter mencionado esses locais ante seus fiéis "durante uma liturgia", indicou o SBU, sem revelar quando isso ocorreu e sem mencionar explicitamente o líder Arsenii, que está à frente da instituição monástica de Sviatogirsk. 

O acusado pode ser condenado a até oito anos de prisão se for considerado culpado de "transmitir informações sobre os deslocamentos ou a localização das Forças Armadas". 

Também está sendo investigado por supostamente ter transmitido "mensagens favoráveis ao Kremlin", segundo o SBU. 

A região de Donetsk, cuja anexação é reivindicada pela Rússia, faz parte das zonas de combate mais duros. 

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