O movimento libanês pró-Irã Hezbollah afirmou nesta quarta-feira (24) que lançou "dezenas de foguetes" contra o norte de Israel, depois de acusar o Estado hebreu de matar dois civis em seu território. 

O grupo xiita disparou dezenas de foguetes contra o norte de Israel na tarde de terça-feira. 

O Hezbollah troca tiros e disparos de foguetes com as forças israelenses quase diariamente desde o ataque do movimento islamista palestino Hamas contra o sul de Israel em 7 de outubro, que provocou o início do atual conflito na Faixa de Gaza.

Nos últimos dias, o grupo libanês intensificou os ataques contra o território de Israel, que por sua vez executou bombardeios mais profundos contra alvos no Líbano nas últimas semanas.

Em um comunicado, o Hezbollah afirmou que seus combatentes dispararam "dezenas de foguetes Katiusha" nesta quarta-feira contra uma cidade israelense próxima da fronteira, "em resposta aos ataques do inimigo israelense e em particular ao massacre de Hanin".

Na terça-feira, uma mulher de 50 anos e uma menina de 12 anos da mesma família morreram em um ataque israelense contra uma casa na cidade fronteiriça de Hanin, segundo as equipes de emergência e a imprensa oficial libanesa.

No mesmo dia, o Hezbollah reivindicou um ataque com drones contra duas posições militares israelenses ao norte da cidade do Acre, muito além da área de fronteira entre os dois países que o grupo atinge com frequência.

Desde 7 de outubro, ao menos 380 pessoas morreram do lado libanês durante os confrontos, a maioria combatentes do Hezbollah, mas também 72 civis, segundo um balanço da AFP.

Na região norte de Israel, 11 soldados e oito civis morreram, segundo o Exército. Milhares de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas nos dois lados da fronteira.

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