Mais de 90.000 pessoas foram deslocadas nas duas últimas semanas no Cazaquistão e Rússia devido às piores enchentes em décadas, anunciaram as autoridades de ambos os países nesta terça-feira (9).

As inundações foram causadas por chuvas torrenciais e um rápido degelo devido ao aumento das temperaturas. As operações de resgate ocorreram no oeste e no norte do imenso país da Ásia Central, que faz fronteira com a Rússia. 

Autoridades russas anunciaram 6.500 evacuações e mais de 10.550 casas inundadas em regiões nos Urais e na Sibéria. 

Em cinco regiões do Cazaquistão, a água inundou mais de 3.700 casas e os rios continuam a transbordar. 

O presidente do Cazaquistão, Kassym Jomart Tokayev, alertou para um dos piores desastres naturais dos últimos 80 anos e acusou as autoridades locais de falta de preparação.

A cidade de Petropavlovsk também está em risco e as autoridades pediram aos 220 mil habitantes que deixem suas casas. 

Na Rússia, a região de Orenburg é a mais afetada, devido às cheias do rio Ural. O prefeito da cidade homônima mencionou inundações "sem precedentes" que poderão atingir níveis máximos na quarta-feira. 

Na segunda-feira, dezenas de habitantes de Orsk, cidade de Orenburg parcialmente inundada, protestaram contra a gestão das autoridades, apesar dos alertas do Ministério Público para o risco de prisão por "reunião ilegal". 

As regiões russas de Kurgan e Tyumen declararam estado de emergência na segunda-feira.

bk-oc/alf/ref/jvb/zm/jc/aa