A bolsa de Nova York terminou perto do equilíbrio nesta segunda-feira (8), em um dia sem catalisadores e enfraquecida por um novo aumento nas taxas dos títulos do Tesouro.

O Dow Jones perdeu marginalmente 0,03%, o Nasdaq tecnológico ganhou modestos 0,03% e o S&P 500 caiu 0,04%.

"Foi um dia com oscilações", resumiu Steve Sosnick, da Interactive Brokers. "Houve algumas tentativas de reativar a máquina, porque os operadores continuam inclinados à compra, mas não funcionou".

A razão: a ausência de informações importantes no cenário macroeconômico ou microeconômico, após o relatório de emprego nos Estados Unidos na sexta-feira, bem recebido por mostrar a resiliência da maior economia do mundo.

"Durante a tarde, acho que havia tanta gente interessada no sol e na lua quanto no mercado, já que os volumes [de negociação] foram realmente fracos", ironizou Steve Sosnick, referindo-se ao eclipse solar visível na América do Norte.

O mercado de títulos, por outro lado, registrou novo aumento nas taxas. O rendimento dos títulos do Tesouro de dois anos, o mais representativo das expectativas do mercado em relação à política monetária, ficou em 4,79%, o maior em quatro meses.

Taxas mais altas significam custos de crédito mais altos para as empresas, o que prejudica o mercado de ações.

Mas "o mercado de ações continua orientado para cima, e quando está assim orientado, pode continuar apesar dos movimentos no mercado de títulos", explicou Sosnick.

A bolsa aguarda com expectativa os dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) para março, que os economistas esperam um leve aumento, para 3,4% em relação a 3,2% de fevereiro para a medição em 12 meses.

Esta semana também começará a temporada de resultados, na sexta-feira, com os dados do JPMorgan Chase, Citigroup, Wells Fargo e BlackRock, entre outros.

Entre os destaques do dia, os bancos se beneficiaram das taxas elevadas.

Além disso, o gigante taiwanês de semicondutores TSMC, que é negociado em Taiwan e na Bolsa de Nova York, ganhou 1,01% após o compromisso do governo dos Estados Unidos de conceder US$ 6,6 bilhões (R$ 33,2 bilhões) em subsídios para construir uma terceira fábrica no Arizona.

A Tesla ganhou 4,90% depois que seu fundador Elon Musk anunciou a apresentação, no início de agosto, de um robô-taxi.

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