Milhares de israelenses foram às ruas de Jerusalém na noite deste domingo (7), gritando "libertem os reféns" em apoio às famílias dos prisioneiros mantidos em Gaza, seis meses depois de terem sido sequestrados em um ataque sangrento do movimento islamista palestino Hamas.

Reunidos em frente à Knesset, o Parlamento israelense que está em recesso para o feriado da Páscoa, os manifestantes gritaram lemas como "Vivos e vivos e não em caixões" e "Todos livres agora, um acordo agora!

Agam Goldstein, 17 anos, um refém libertado durante a trégua de uma semana entre Israel e o Hamas no final de novembro, subiu ao palco para expressar "a voz" dos reféns ainda mantidos em cativeiro.

"Para vocês que ainda estão lá, resistam", disse a mulher com lágrimas nos olhos, lembrando-se do pai e da irmã mortos em 7 de outubro no ataque dos comandos do Hamas.

Mulheres que usavam em suas bocas um adesivo com o número 184 (o número de dias desde 7 de outubro) e faixas com fotos das 14 mulheres ainda mantidas em cativeiro em Gaza.

Ofri Bibas, cujo irmão Yarden, cunhada Shiri e seus dois filhos Ariel, de quatro anos, e Kfir, de um ano, foram feitos reféns, pediu que eles "não sejam esquecidos".

Os pais de Shiri, Yossi e Margit Silberman, de origem argentina e peruana, morreram queimados em um incêndio em uma casa em Nir Oz.

Kfir Bibas é o mais jovem dos cerca de 250 reféns tomados pelo Hamas em 7 de outubro. Com seu irmão, eles são os dois únicos menores de idade entre os 129 reféns ainda mantidos em Gaza, dos quais Israel acredita que 34 foram mortos.

"Fomos abandonados no dia 7 e abandonados depois", disse Lishay Meran, mãe das duas crianças e cujo marido é um refém.

A guerra começou em 7 de outubro, quando o Hamas invadiu o sul de Israel e matou 1.170 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

Os combatentes palestinos também capturaram 250 pessoas, das quais 129 ainda estão presas em Gaza, incluindo 34 que se acredita terem sido mortas, de acordo com autoridades israelenses.

A ofensiva aérea e terrestre lançada por Israel em resposta deixou 33.175 pessoas mortas em Gaza, de acordo com o ministério da saúde do território palestino governado pelo Hamas desde 2007.

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