O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, terão uma conversa na quinta-feira, a primeira desde o ataque israelense que matou sete trabalhadores humanitários em Gaza, indicou um funcionário americano.

A conversa acontecerá depois que Biden expressou sua indignação pela morte dos funcionários da ONG World Central Kitchen, do chef hispano-americano José Andrés.

"Posso confirmar que o presidente Biden e o primeiro-ministro Netanyahu falarão amanhã", disse um funcionário conhecedor do assunto à AFP nesta quarta-feira (3).

Netanyahu afirmou que o Exército israelense matou "involuntariamente" os trabalhadores humanitários em um ataque na segunda-feira em Gaza. Entre as vítimas havia um cidadão americano-canadense, três britânicos, um polonês, um australiano e um palestino.

No entanto, Biden fez na terça-feira uma de suas declarações mais firmes sobre a atuação de Israel desde o início de sua guerra contra o grupo islamista Hamas após o ataque ao seu território em 7 de outubro.

Biden se declarou "indignado e com o coração partido" pelas mortes dos trabalhadores humanitários, e afirmou que esses incidentes "simplesmente não deveriam acontecer".

A Casa Branca admitiu que o presidente americano está cada vez mais frustrado com a incapacidade de Israel de proteger os trabalhadores humanitários e civis, apesar dos repetidos apelos a Netanyahu.

"Parece-me que podem perceber a frustração em sua declaração", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, referindo-se às palavras de Biden.

Biden e Netanyahu falaram pela última vez em 18 de março, quando o presidente americano pediu ao líder israelense que não lançasse uma ofensiva terrestre em Rafah, no sul de Gaza.

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