O procurador-geral do Peru, Juan Villena, anunciou nesta terça-feira (2) que uma investigação sobre a posse de pelo menos três relógios Rolex não declarados pela presidente Dina Boluarte foi ampliada para incluir um suposto aumento patrimonial em suas contas bancárias e a posse de joias.

"A acusação foi ampliada para incluir a posse de uma pulseira Cartier de US$ 56 mil [R$ 282 mil] e joias que ela teria usado em cerimônias que superariam os US$ 500 mil [R$ 2,5 milhões] ", disse Villena à comissão de fiscalização do Congresso.

Segundo o procurador-geral, também está sendo investigada a origem de depósitos bancários de um milhão de soles (cerca de R$ 1,35 milhão) nas contas de Boluarte, durante o período em que ela atuou como ministra entre 2021 e 2022.

A comissão de fiscalização convocou Boluarte, mas ela não compareceu por ter outras reuniões agendadas, segundo a secretaria presidencial.

A presidente peruana deve comparecer nesta sexta-feira ao Ministério Público para explicar pela primeira vez a origem dos relógios Rolex e das joias.

A polícia fez uma busca surpresa em sua casa e no gabinete presidencial em 30 de março em busca desse suposto patrimônio, que não foi encontrado.

A presidente, uma advogada de 61 anos, está sendo investigada desde meados de março pelo Ministério Público por suposto enriquecimento ilícito, diante de indícios de que não declarou os relógios de luxo como parte de seus bens.

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