O Palmeiras entrou nesta terça-feira (2) com um pedido de punição no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) contra o empresário americano John Textor, dono da SAF do Botafogo, que afirmou que o clube paulista se beneficiou de supostas manipulações de resultados para vencer o Campeonato Brasileiro de 2023.

No pedido, o 'Verdão' solicita que Textor "se abstenha de fazer qualquer menção ou referência ao Palmeiras por qualquer meio ou veículo sob pena de multa e suspensão", informou o STJD em comunicado.

Proprietário da SAF do Botafogo desde março de 2022, o empresário vem denunciando reiteradamente uma suposta corrupção no Brasileirão de 2023, em que o alvinegro carioca chegou a abrir vantagem de 13 pontos na liderança, mas acabou na quinta colocação.

No entanto, ele até agora não apresentou as provas de tais manipulações ou de favorecimento por parte da arbitragem aos adversários, em especial o Palmeiras, que ficou com o título.

Textor voltou a fazer acusações na segunda-feira, ao declarar que tinha "provas contundentes" de que houve manipulação de resultados no Brasileirão "nos últimos dois anos".

"Lamento que isto vá gerar muito ruído, mas minhas provas são 100%", afirmou.

A partir de análises "confirmadas" por "especialistas e inteligência artificial", Textor garante que houve atuações "anormais" de vários jogadores adversários em duas vitórias do Palmeiras.

Ele mencionou as goleadas sobre o Fortaleza (4 a 0), em novembro de 2022, que garantiu o título do time paulista naquele ano, e sobre o São Paulo (5 a 0), em outubro de 2023.

Em comunicados separados, Fortaleza e São Paulo repudiaram as acusações, exigiram que Textor apresente as supostas provas e prometeram tomar medidas judiciais contra o empresário.

John Textor é presidente do grupo Eagle Football, que além do Botafogo tem ações de outros clubes pelo mundo, como Lyon (França), Molenbeek (Bélgica) e Crystal Palace (Inglaterra).

Em novembro, ele foi suspenso preventivamente por um mês pelo STJD, depois de acusar de corrupção a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), após a derrota do Botafogo por 4 a 3 para o Palmeiras.

No mesmo mês, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o processou criminalmente por calúnia.

raa/app/ma/cb/aam