Uma tomada de reféns nos Países Baixos que durou várias horas terminou com a libertação de todas as pessoas retidas, sem ferimentos, e a detenção de um suspeito. 

As autoridades afirmaram que não há indícios de que o crime, que aconteceu em um café na cidade de Ede, centro do país, tenha sido um ato "terrorista".

"O último refém acaba de ser liberado. Uma pessoa foi detida. No momento, não podemos divulgar mais informações", anunciou a polícia na rede social X.  

A imprensa local informou que um homem "desorientado" invadiu o local e ameaçou as pessoas que estavam no café. Quatro pessoas foram tomadas como reféns.

O incidente provocou uma grande mobilização da polícia e do esquadrão antibombas. As forças de segurança isolaram o centro da cidade e os moradores de quase 150 casas localizadas próximas ao estabelecimento foram obrigados a deixar a região. 

Em um primeiro momento, três pessoas foram liberadas. Segundo imagens do canal público NOS, elas deixaram o edifício com as mãos para o alto.

O quarto refém foi liberado pouco depois e o suposto criminoso foi detido. As imagens exibidas pela NOS mostram um homem ajoelhado, com as mãos nas costas e policiais o algemando.

O prefeito da cidade, Rene Verhulst, citou uma "situação horrível para todos".

"Vemos que há muitas perguntas sobre a motivação. No momento, não há indícios de motivação terrorista", afirmou a polícia.

- Menos ataques -

No ano passado, um homem de 27 anos, armado com duas pistolas, tomou várias pessoas como reféns durante cinco horas numa loja da Apple em Amesterdã.

O suspeito foi atropelado por uma viatura policial quando perseguia o último refém, que correu e fugiu da loja. O criminoso morreu no hospital.

Nos últimos anos, alguns atentados foram registrados nos Países Baixos, mas não com a mesma intensidade de outros países europeus, como França ou Reino Unido. A polícia também impediu vários ataques.

Em 2019, um tiroteio em um bonde na cidade de Utrecht, que deixou quatro mortos, provocou uma grande comoção no país.

O autor do ataque, Gokmen Tanis, admitiu que agiu por motivos terroristas. O tiroteio paralisou a quarta maior cidade do país.

Em 2004, o diretor de cinema Theo van Gogh, abertamente hostil ao islã, foi esfaqueado e assassinado a tiros em Amsterdã por um homem vinculado a uma rede neerlandesa islamista.

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