Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (25) que buscarão uma forma de alertar Israel sobre um ataque a Rafah, após o cancelamento da visita de uma delegação israelense prevista para abordar o projeto de ofensiva contra esta cidade na Faixa de Gaza.

Israel cancelou uma visita a Washington depois que os Estados Unidos se abstiveram de uma votação nesta segunda-feira na ONU sobre uma resolução a favor de um "cessar-fogo imediato" em Gaza, uma expressão que Washington havia vetado anteriormente.

"Estou certo de que encontraremos outras formas de transmitir nossas preocupações", disse à imprensa o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

Acrescentou ainda que o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, provavelmente abordará a questão com o ministro de Defesa israelense, Yoav Gallant, em uma visita a Washington.

"Acreditamos que este tipo de invasão em grande escala seria um erro, sobretudo devido aos riscos para civis, que seriam imensos", disse Miller.

Segundo ele, o governo israelense não apresentou um plano coerente para a retirada de 1,4 milhão de pessoas que estão refugiadas em Rafah.

"Este tipo de invasão enfraqueceria a segurança de Israel" e "prejudicaria sua posição no mundo", insistiu Miller, em um momento em que os Estados Unidos estão sob pressão por seu apoio a Israel.

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