O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu neste domingo (24) à China que implemente "um conjunto completo de reformas que favoreçam o mercado", a fim de estimular uma economia estagnada diante da crise imobiliária, da fraca demanda interna e do alto desemprego entre os jovens.

Autoridades políticas chinesas resistem a impulsionar a economia com medidas maciças de estímulo, insistindo na necessidade de optar por um crescimento "de alta qualidade".

"A transição de um crescimento de taxas elevadas para um crescimento de alta qualidade é o caminho certo", e a China "está determinada a fazê-lo", declarou neste domingo a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, no Fórum de Desenvolvimento da China, realizado em Pequim. No entanto, "essa transformação não será fácil",  alertou.

Segundo ela, Pequim deve tomar "medidas enérgicas" para reduzir a quantidade de moradias inacabadas e dar mais espaço para "correções baseadas no mercado", em um setor imobiliário fortemente endividado.

As autoridades também precisam fortalecer o "poder de compra" com medidas para aperfeiçoar o vasto sistema de seguro social e promover "a igualdade de condições entre empresas privadas e públicas", como têm solicitado os investidores estrangeiros.

Os principais líderes chineses estão otimistas. O primeiro-ministro, Li Qiang, declarou hoje durante o fórum que Pequim "tomará medidas práticas e eficazes para promover um desenvolvimento de alta qualidade".

O crescimento chinês vem desacelerando há anos e Pequim estabeleceu neste mês uma meta de 5%, muito abaixo das que impulsionaram a ascensão meteórica da sua prosperidade.

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