A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou, nesta quinta-feira (21), uma proposta para aumentar as tarifas alfandegárias dos cereais russos, horas depois de uma dura queixa do presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky.

A medida, segundo Von der Leyen, "evitará que o grão russo desestabilize o mercado da UE" e impedirá que a Rússia "use a receita com a exportação" destes produtos.

Nesta semana, a UE decidiu adotar limites à importação de produtos agrícolas isentos de tarifas alfandegárias provenientes da Ucrânia, o que havia gerado revolta nos produtores europeus.

Nesta quinta-feira, durante uma cúpula em Bruxelas, o presidente Zelensky se conectou por videoconferência e se queixou de que os grãos russos continuam tendo acesso irrestrito ao mercado europeu.

"Constatamos que, infelizmente, o acesso da Rússia ao mercado agrícola europeu segue ilimitado", enquanto "cereais ucranianos são jogados nas vias e estradas [pelos agricultores europeus]. Isso é injusto", afirmou.

Cinco países da União Europeia (Polônia, República Tcheca e três países bálticos) haviam pedindo conjuntamente à Comissão Europeia para impor uma proibição total às importações de cereais tanto da Rússia quando de Belarus.

Segundo as normas da Organização Mundial do Comércio, até agora, as importações agrícolas russas estavam isentas dos direitos de importação da UE.

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