Oito pessoas morreram na madrugada desta segunda-feira (18) em bombardeios paquistaneses nas regiões fronteiriças do Afeganistão, levando as forças afegãs a tomar represálias contra postos militares paquistaneses, disseram autoridades talibãs.

"Aviões paquistaneses bombardearam casas de civis na província de Paktika (...) e mataram seis pessoas", disse o porta-voz do governo talibã, Zabihullah Mujahid.

"Duas mulheres morreram na província de Khost", acrescentou.

O Afeganistão "condena com veemência os ataques" e denuncia a "violação da soberania" do país, completou o porta-voz, acrescentando que "podem ter consequências que o Paquistão no será capaz de controlar".

O Ministério da Defesa afegão afirmou depois que as suas forças fronteiriças tomaram represálias, atacando com "armamento pesado" pontos militares do Paquistão ao longo da fronteira disputada.

"As forças de defesa e segurança do país estão preparadas para responder a qualquer ação agressiva e defenderão a todo custo a sua integridade territorial", declarou o porta-voz Enayatullah Khwarizmi na rede social X.

Desde o retorno dos talibãs ao poder em Cabul, em 2021, a tensão é cada vez maior na fronteira entre os países. 

O Paquistão afirma que grupos armados, como os talibãs paquistaneses do Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), executam ataques planejados em território afegão, através de uma fronteira porosa.

Os ataques desta segunda-feira aconteceram dois dias após uma ação de homens armados contra sete soldados no noroeste do Paquistão, no distrito do Waziristão do Norte, perto da fronteira com o Afeganistão.

O presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, atribuiu o ataque a "terroristas" e prometeu que Islamabad responderia com "firmeza, independente do autor e do país de procedência".

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