A Ucrânia pediu à comunidade internacional, nesta quinta-feira (14), para rejeitar o resultado das eleições presidenciais da Rússia, que acontecem de 15 a 17 de março, e rotulou a disputa como "farsa", a qual Vladimir Putin provavelmente será reeleito.

Kiev "faz um apelo aos Estados estrangeiros e organizações internacionais (...) que se abstenham de reconhecer os resultados desta 'eleição'", organizada também nos territórios ocupados por Moscou, afirmou a diplomacia ucraniana em um comunicado.

"Há muito tempo que a ditadura russa não tem nada a ver com a democracia", e se Vladimir Putin "está no poder há 24 anos, não é por livre expressão da vontade do povo, mas pela manipulação da Constituição" russa, por uma "propaganda total" e "destruição" de toda competição política, enumerou o Ministério das Relações Exteriores ucraniano.

A Rússia controla quase 20% do território ucraniano no sul e leste do país. A Ucrânia pediu aos residentes de áreas ocupadas e os enviados à Rússia que se abstenham de votar nesta "pseudo-eleição".

"É ilegal obrigar os milhões de cidadãos ucranianos que vivem em territórios temporariamente ocupados ou que foram enviados à força para território russo a votar nas chamadas 'eleições'", acrescentou a diplomacia ucraniana.

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