A polícia do Peru anunciou, nesta quarta-feira (13), que desmantelou uma rede dedicada ao tráfico interno de armas para o Equador, país assolado pela violência de gangues do narcotráfico.

Durante uma operação em Piura e Tumbes, províncias fronteiriças com o Equador, foram capturadas 18 pessoas e apreendidas 270 armas curtas e longas.

As autoridades peruanas não descartam que uma das armas vendidas pela organização "Los Abastecedores de Lima y Callao" no Equador possa ter sido usada no assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio, em agosto de 2023.

"A informação que o Ministério Público de Crime Organizado tem, juntamente com nossa polícia, é que uma dessas armas que saiu justamente desta empresa teria sido usada no assassinato do ex-candidato presidencial do Equador", disse o promotor Jorge Chávez à imprensa.

Segundo o Ministério Público, a rede adquiria armas legalmente em lojas autorizadas, como a El Cazador em Lima.

"Eles ofereciam as armas no mercado negro tanto no país como no exterior, principalmente no Equador", acrescentou a autoridade.

A polícia detalhou em uma rede social que a gangue recrutava "pessoas de recursos econômicos escassos para que solicitassem licenças para uso de armas, depois as compravam, as transferiam para outras pessoas ou denunciavam o roubo ou furto das armas de fogo adquiridas".

O Peru regula a venda e o porte de armas sob licença e em casos excepcionais.

Em fevereiro, o chefe de investigação criminal da polícia peruana indicou que autoridades equatorianas haviam confirmado que uma das armas usadas no assassinato de Villavicencio tinha registro peruano.

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