Os países da União Europeia devem se preparar para a mudança climática e o aquecimento global, depois de 2023 ter entrado para os livros de história como o ano mais quente já registrado, alertaram responsáveis da Comissão Europeia nesta terça-feira (12). 

"A Europa é o continente que se aquece mais rápido desde a década de 1980; o aquecimento aqui foi cerca do dobro da taxa global", alertou o vice-presidente da Comissão, Maros Sefcovic. 

Em uma coletiva de imprensa em Estrasburgo, junto ao comissário europeu para o Clima, Wopke Hoekstra, Sefcovic disse que era uma questão de "sobrevivência econômica".

"É, no melhor dos casos, uma questão de sobrevivência econômica. Cada euro necessário para reparar os danos é um euro que não é gasto em investimentos mais produtivos", afirmou.

Sefcovic e Hoekstra apresentaram um documento com recomendações para os países membros da UE tomarem medidas. 

As propostas incluem fornecer às empresas e aos responsáveis políticos melhores informações para responder às crises e usar mecanismos da UE para melhorar o planejamento da proteção civil e de infraestruturas críticas.

Hoekstra, por sua vez, destacou os recentes desastres na UE (incêndios florestais na Grécia e as enchentes na Eslovênia) para realçar a urgência do assunto.

"Estes riscos climáticos estão ceifando cada vez mais vidas e desafiam a nossa prosperidade e competitividade econômica", disse ele.

"Precisamos nos preparar para um aumento de temperatura de (...) pelo menos três graus (Celsius) na Europa, mesmo que consigamos limitar o aumento da temperatura a 1,5 grau a nível global", observou. 

Ambos os responsáveis destacaram que a União Europeia já aborda a mudança climática em suas políticas do Acordo Verde, que visam alcançar a neutralidade do carbono até 2050.

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