A União Europeia (UE) considerará uma "solicitação formal" da Venezuela para enviar uma missão de observação eleitoral para as eleições presidenciais do país em julho, disse uma autoridade europeia nesta terça-feira (12). 

Há uma semana, o presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou que havia convidado a UE, o Centro Carter e um painel de especialistas da ONU, entre outros, para enviar missões de observação às eleições presidenciais programadas para 28 de julho. 

O funcionário europeu disse nesta terça-feira que a UE "está pronta e considerará qualquer solicitação formal de uma Missão de Observação Eleitoral das autoridades venezuelanas, dependendo da situação e das condições eleitorais". 

Por enquanto, acrescentou a fonte, a UE "toma nota do anúncio feito pelas autoridades venezuelanas". 

O bloco havia enviado uma missão de observação à Venezuela para acompanhar as eleições para governadores e prefeitos em 2021. 

No entanto, a UE optou por não participar como observadora nas eleições legislativas de dezembro de 2020, considerando que não havia tempo suficiente para o planejamento e o envio de suas equipes. 

Na época, a UE havia tentado convencer as autoridades venezuelanas a adiar essas eleições para ter tempo de preparar sua missão de observação eleitoral, argumentando que precisava de cerca de seis meses. Mas, como não obteve sucesso nessa tentativa, optou por não enviar suas equipes. 

Em outubro de 2023, o governo e a oposição venezuelana mantiveram contatos em Barbados, e a participação de uma missão de observação do bloco é um dos pontos acordados entre as partes.

No entanto, a proximidade das eleições significa que a instância europeia tem pouco mais de quatro meses para preparar e enviar suas equipes de observação eleitoral. 

Outro ponto de discórdia são as sanções que a UE adotou contra as autoridades venezuelanas desde 2017. No final de 2023, essas sanções foram renovadas por seis meses, em vez de um ano, até maio deste ano. 

As sanções europeias contra a Venezuela incluem um embargo de armas e equipamentos de repressão, bem como a proibição de visto para 54 cidadãos e o congelamento de quaisquer ativos mantidos na Europa. 

O atual presidente, Nicolás Maduro, buscará a reeleição em julho, embora a candidatura da oposição ainda esteja envolta de incertezas. 

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