Os preços do petróleo subiram nesta quarta-feira (6) impulsionados por um aumento na demanda nos Estados Unidos e por declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que ainda considera cortar os juros este ano, uma medida que estimularia o consumo.

O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em maio subiu 1,12%, para 82,96 dólares.

Enquanto isso, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para entrega em abril ganhou 1,25%, para 79,13 dólares.

As reservas comerciais de petróleo nos Estados Unidos aumentaram pela sexta semana consecutiva, informou nesta quarta-feira a Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), embora o aumento tenha sido menor do que o esperado pelo mercado.

As reservas aumentaram em 1,4 milhão de barris (mb) na semana que terminou em 1º de março, cerca da metade dos 2,7 mb esperados pelos analistas, segundo o consenso reunido pela agência Bloomberg.

Esse aumento menor do que o esperado é explicado por uma maior utilização das refinarias após a temporada de manutenção, o que permitiu que a taxa de utilização das instalações passasse de 81,5% para 84,9%.

Também aumentou a demanda por produtos refinados, com um aumento de 3,9% em uma semana.

O consumo de gasolina, em particular, cresceu 6,4% na semana, medido pelos volumes entregues ao mercado, um indicador implícito de demanda.

Para Phil Flynn, da Price Futures Group, os operadores levaram em conta o aumento da demanda por produtos refinados. Ele também observou uma leve queda nos volumes de produção nos Estados Unidos, para 13,2 mb por dia, em comparação com 13,3 mb por dia na semana anterior, um dado que também sustenta os preços.

A perspectiva de um corte nas taxas pelo Fed, evocada por Jerome Powell no Congresso, também encorajou os operadores.

As declarações de Powell também enfraqueceram o dólar, tornando o barril mais barato para investidores em outras moedas.

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