A Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia (UE), confirmou nesta segunda-feira (4) que apresentará em março o quadro de negociações para a adesão da Ucrânia ao bloco.

A definição dessa estrutura de negociações foi encomendada por uma cúpula de líderes europeus em dezembro, quando decidiram abrir esse processo e incumbiram sua elaboração à Comissão Europeia.

No entanto, a data de apresentação do quadro negociador ficou envolta em incerteza, pois a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, disse inicialmente que ocorreria no início do verão boreal, embora depois tenha mencionado meados de março.

Von der Leyen "disse recentemente que seria durante o mês de março", afirmou nesta segunda o porta-voz da Comissão, Eric Mamer. Porém, acrescentou que "a questão é quando o Conselho (que representa os países do bloco) estará em condições de adotá-lo", pois essa decisão deve ser tomada por unanimidade.

Em junho de 2022, a UE concedeu à Ucrânia o status formal de país candidato à adesão, assim como a vizinha Moldávia.

Para poder passar para as negociações de adesão, a UE definiu sete critérios que devem ser cumpridos, que vão desde o combate à corrupção até reformas judiciais.

Em dezembro, a Comissão tomou nota dos avanços da Ucrânia nessas questões e recomendou aos países do bloco que aceitassem a abertura das negociações.

O processo de adesão, no entanto, leva vários anos de complexas negociações entre os países candidatos e as instituições da UE em Bruxelas, algo que pode durar até mais de uma década.

A Turquia iniciou conversas formais de adesão em 2005, e a situação continua em impasse. A Albânia foi reconhecida como país candidato em 2003 e iniciou o diálogo formal em 2009, que ainda não foi concluído.

Montenegro, Sérvia e Macedônia do Norte também aguardam na fila, com crescente impaciência.

alm-ahg/mb/ic/aa