O governo argentino suspendeu, nesta segunda-feira (4), por uma semana a atividade da agência estatal de notícias Télam e cercou dois de seus escritórios em Buenos Aires, depois que o presidente Javier Milei anunciou seu fechamento na última sexta-feira, em um discurso perante o Congresso.

"Descobrimos ontem à noite (domingo) que começaram a cercar, após o desastroso anúncio em rede nacional de Javier Milei na sexta-feira", disse o delegado do Sindicato de Imprensa de Buenos Aires, Agustín Lecchi, em declarações à rádio, acrescentando que os funcionários não puderam entrar em seus locais de trabalho nesta segunda-feira. 

Com mais de 700 funcionários, entre administradores, jornalistas e fotógrafos, o serviço de notícias da agência Télam transmite informação nacional e conteúdos em foto, vídeo, rádio e redes sociais.

O porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, explicou em coletiva de imprensa que o governo enviou um comunicado interno "a todo o pessoal isentando-os da prestação de serviços durante sete dias remunerados, enquanto se avança no plano com base no que foi anunciado pelo presidente". 

"Todos os funcionários da Télam S.E. estão isentos do pagamento do débito laboral durante um período de sete dias", diz a mensagem recebida pelos funcionários da agência e à qual a AFP teve acesso. 

Além das cercas e suspensões, o site da agência está fora do ar: "Página em reconstrução", diz o site.

Nesta segunda-feira ao meio-dia está previsto um "abraço simbólico" no prédio da Télam em repúdio ao anúncio de fechamento da agência.

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