A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou, nesta quinta-feira (29), um texto que adia em uma semana a ameaça de um "shutdown", como é conhecida a paralisação do governo federal em plena campanha eleitoral.

A medida prevê prorrogar até 8 de março o orçamento do governo, de modo a evitar a paralisação temporária de muitas administrações e serviços públicos. O texto ainda precisa ser votado no Senado, mas é apenas uma formalidade.

O impasse vem da Câmara Baixa do Congresso. O núcleo duro dos republicanos, próximos ao ex-presidente Donald Trump, até agora impediu a aprovação do orçamento federal para 2024, cujo ano fiscal começou em 1º de outubro.

A maior economia do mundo opera com uma série de mini-leis que estendem o orçamento do Estado federal por alguns dias, semanas ou meses.

Quando esses mini-orçamentos estão prestes a expirar, há o risco de paralisação parcial do governo federal, o "shutdown".

Nesta sexta-feira, um deles estava prestes a expirar. A lista de possíveis consequências é longa: controladores de tráfego aéreo deixam de receber salário, administrações fecham, auxílios alimentares são congelados, entre outras.

Esta é a quarta vez desde outubro que o prazo foi adiado.

Depois de adotado pelo Congresso, o mini-orçamento precisa ser promulgado pelo presidente Joe Biden.

O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, estava em uma corda bamba entre as exigências dos mais conservadores, como ele, e as dos republicanos mais moderados.

Todos os democratas, exceto dois, votaram a favor da resolução, mas 97 republicanos votaram contra.

Os moderados consideram que a paralisação é politicamente desastrosa e ameaça as chances dos republicanos de manter o controle da Câmara e recuperar o Senado nas eleições presidenciais de novembro, mas os simpatizantes de Trump colocam isso em dúvida.

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