Os preços do petróleo fecharam nesta terça-feira (6) em leve alta, depois de um dia misto que esteve marcado pela evolução geopolítica no Oriente Médio.

A cotação do barril Brent do Mar do Norte, de referência na Europa e para entrega em abril, subiu 0,76%, para 78,59 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), negociado no mercado americano e para entrega em março, avançou 0,72%, para 73,31 dólares.

O Catar, um dos principais negociadores entre Israel e Hamas, anunciou nesta terça-feira que tinha recebido uma "resposta" positiva do movimento palestino para uma proposta de trégua que inclui a libertação dos reféns em Gaza.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, que realiza sua quinta viagem pelo Oriente Médio desde 7 de outubro, disse que a resposta "foi comunicada aos israelenses" e que a discutiriam durante sua visita na quarta-feira.

Para John Kilduff, da Again Capital, "há rumores de que um plano de paz poderia ser elaborado rapidamente". "O prêmio de segurança" sobre os preços do barril de petróleo "pode aumentar se houver acordo", comentou o analista.

Por ora, os preços continuam evoluindo em uma margem estreita, enquanto o mercado também avalia "os comentários 'hawkish' [desfavoráveis a uma redução dos juros] do Federal Reserve" (Fed, o banco central americano) da semana passada, comentaram analistas do DNB.

Por um lado, "os dados relativos ao mercado de trabalho americano publicados na sexta-feira foram extremamente robustos, o que levou a uma apreciação significativa do dólar americano e influenciou nos preços do petróleo", explicou Carsten Fritsch, analista do Commerzbank.

A resiliência da economia americana diante de um contexto de juros elevados dissipou as expectativas dos investidores de uma redução iminente dos juros, ainda mais quando o presidente do Fed, Jerome Powell, descartou um corte em março.

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