Uma megaoperação policial em várias favelas do Rio de Janeiro deixou pelo menos sete mortos em confrontos com supostos criminosos, informaram as autoridades nesta terça-feira (27).

A operação, lançada de madrugada, ocorria simultaneamente em várias favelas da zona norte do Rio, incluindo o Complexo da Maré, do Alemão e da Penha.

"Nesta terça-feira, sete criminosos foram mortos em confrontos com as nossas equipes. Cinco fuzis, três pistolas, sete rádios, uma pistola e entorpecentes a serem contabilizados foram apreendidos. Além disso, três suspeitos foram feridos e dois foram detidos", informou a Polícia Militar na rede social X, que acrescentou que dois policiais foram feridos.

A ação conjunta de agentes das polícias civil e militar do Rio visava capturar membros do Comando Vermelho. 

"Polícias civis do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) realizam uma megaoperação, nesta terça-feira (27/02), contra traficantes do Comando Vermelho (CV) que atuam no Complexo da Maré", disse em um comunicado a Polícia Civil do Rio.

"Após levantamentos de inteligência e monitoramento, os agentes constataram uma movimentação de criminosos na região que, além do tráfico de drogas, são investigados por roubo de veículos", acrescentou. 

Diversas viaturas e agentes fortemente armados bloqueavam os acessos ao Complexo do Alemão, conforme constatou a AFP.

Fotos publicadas pela PMERJ mostravam escavadeiras removendo barricadas metálicas colocadas por criminosos em diferentes acessos ao Complexo do Alemão.

Outras imagens circulando nas redes sociais mostravam barricadas com pneus e móveis, algumas delas em chamas.

A megaoperação obrigou a suspensão das aulas em dezenas de escolas, afetando 20.500 alunos, disse a vereadora do Rio, Thais Ferreira (PSOL).

No final de setembro, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que destinaria 900 milhões de reais nos próximos três anos para um plano nacional de combate às organizações criminosas, em coordenação com as autoridades estaduais.

Especialistas e organizações de Direitos Humanos criticam esse tipo de abordagem, alegando que tem baixa eficácia contra as organizações criminosas.

Em agosto de 2023, incursões contra o tráfico em várias favelas do Rio, São Paulo e Bahia deixaram 44 mortos em menos de uma semana.

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