A torre Eiffel seguirá fechada nesta quinta-feira (22), pelo quarto dia consecutivo, depois que os empregados do famoso monumento parisiense votaram pela recondução de uma greve. 

A "Dama de Ferro" está com as portas fechadas desde segunda-feira, depois que os sindicatos de seus funcionários, FO e CGT, convocaram uma greve para "denunciar a gestão atual" do monumento. 

A empresa que gere a torre, SETE, tem cerca de 360 empregados e indicou aos visitantes que compraram seus ingressos online que os manterá informados por e-mail. 

O fechamento deixou muitos visitantes frustrados, sobretudo os turistas estrangeiros. 

Cem empregados reuniram-se nesta quinta ao pé do monumento para mostrar sua insatisfação com a direção. 

"É absolutamente necessário que se abram negociações, mas ao que parece a direção da torre Eiffel não entendeu o que significa negociar", declarou a secretária-geral da CGT, Sophie Binet. 

Os sindicatos criticam a prefeitura de Paris, acionista majoritária da SETE, que, segundo eles, impõe um modelo de negócio "insustentável" devido a um desequilíbrio entre o valor das entradas e os gastos, exacerbado pela crise da covid-19. 

O equilíbrio econômico da torre Eiffel viu-se afetado pela perda de cerca de 120 milhões de euros (641 milhões de reais) em entradas durante os dois anos da crise sanitária (2020-2021). 

O monumento recebeu 6,3 milhões de visitantes em 2023, um número maior que em 2019, antes da pandemia. 

Os quatro dias de fechamento representam uma perda de 70.000 visitas. 

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