O príncipe William pediu nesta terça-feira (20) o "fim dos combates o quanto antes" no conflito entre Israel e Hamas, estimando que houve "muitas mortes", distanciando-se da discrição habitual da família real britânica. 

O príncipe de Gales e herdeiro do trono disse em um comunicado estar "muito preocupado com o custo humano do conflito no Oriente Médio desde o ataque terrorista do Hamas de 7 de outubro". 

"Houve muitas mortes. Como tantos outros, desejo que os combates cessem o quanto antes. Gaza necessita desesperadamente de mais ajuda humanitária. É essencial que a ajuda chegue e que os reféns sejam liberados", afirmou. 

William, que poucas vezes aparece em público desde a operação de abdômen à qual sua esposa Kate foi submetida em meados de janeiro, tem previsto para os próximos dias vários compromissos relacionados ao conflito. 

A guerra foi desencadeada por um ataque de combatentes do Hamas infiltrados no sul de Israel em 7 de outubro. 

Mais de 1.160 pessoas foram assassinadas, em sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP realizada a partir de dados oficiais israelenses. 

Em represália, Israel lançou uma ofensiva que causou 29.092 mortes na Faixa de Gaza, em sua grande maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. 

Israel afirma que ainda há 130 reféns em Gaza, dos aproximadamente 250 sequestrados em 7 de outubro, dos quais 30 morreram. 

Não é comum que os membros da família real se expressem sobre temas da atualidade ou conflitos em curso, exceto o forte apoio à Ucrânia diante da invasão russa recentemente. 

O conflito entre Israel e Hamas provocou manifestações multitudinárias de apoio aos palestinos no Reino Unido, onde vive uma grande comunidade muçulmana. 

O governo conservador em um primeiro momento realizou apelos a "pausas humanitárias" e à busca por um "cessar-fogo duradouro", mas agora endureceu o tom e o chefe da diplomacia, David Cameron, pediu na segunda-feira "o fim imediato dos combates". 

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