Taipei pediu nesta terça-feira (20) racionalidade a Pequim depois de um incidente fatal entre um barco chinês e a guarda-costeira de Taiwan. 

"Esperamos que ambas as partes sejam racionais, justas e cooperem para garantir a segurança" nas águas do estreito de Taiwan, disse o primeiro-ministro da ilha, Chen Chien-jen. 

A China anunciou no domingo que intensificará as patrulhas na região depois da morte na semana passada de dois tripulantes de um barco chinês perseguido pela guarda-costeira taiwanesa. 

A embarcação naufragou perto de Kinmen, uma ilha administrada por Taipei, mas situada a apenas cinco quilômetros da cidade continental de Xiamen. 

Na segunda-feira, agentes da guarda-costeira chinesa embarcaram brevemente em um cruzeiro para checar informações do capitão e dos passageiros. 

A China considera Taiwan parte de seu território e defende a retomada de sua soberania, inclusive pela força se for necessário. 

As relações entre Pequim e Taipei se deterioram nos últimos anos sob a administração da presidente Tsai Ing-wen, que não aceita as pretensões chinesas sobre a ilha. 

Nesta terça-feira, o primeiro-ministro taiwanês disse  que as duas partes estão conscientes das "áreas marítimas restritas" e "aplicaram suas leis com base nesses limites". 

"Continuaremos protegendo essas áreas marítimas para garantir a segurança em nossas águas territoriais e os direitos de nossos pescadores", acrescentou. 

Poucos quilômetros separam a ilha taiwanesa de Kinmen da cidade chinesa de Xiamen, por isso é comum que barcos dos dois lados cruzem acidentalmente para a outra parte. 

Os serviços da guarda-costeira taiwansesa defenderam suas ações na perseguição que levou ao acidente mortal e asseguraram que a tripulação chinesa se rejeitou a cooperar com eles. 

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