A cidade de Paris concedeu cidadania honorária, nesta quinta-feira (8), aos cerca de 135 reféns detidos pelo movimento islamista palestino Hamas, desde seu ataque em 7 de outubro passado em território israelense. 

A prefeita de Paris, a socialista Anne Hidalgo, declarou que, com esta decisão, atribui-se aos reféns uma "proteção simbólica" da "cidade dos direitos humanos". 

No dia anterior, a França se tornou o primeiro país fora de Israel a homenagear seus cidadãos que faleceram no ataque. Dos mais de 1.160 mortos, segundo contagem da AFP baseada em números oficiais, 42 eram cidadãos franceses. 

Hidalgo anunciou que Paris também prestará "em breve" homenagem aos civis palestinos que "morrem nos incessantes bombardeios" de Israel na Faixa de Gaza, mortes que "violam o direito internacional". 

A ofensiva de Israel em resposta ao ataque matou até agora pelo menos 27.840 pessoas, a maioria civis, no território de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. 

Desde sua criação em 2001, Paris concedeu cidadania honorária a vários opositores políticos, militantes de direitos humanos, ou jornalistas de regimes autoritários, assim como a cidades. 

Em 2019, concedeu-o ao atual presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante o mandato de seu antecessor Jair Bolsonaro; em 2013, ao cacique brasileiro Raoni e, em 2002, à franco-colombiana Ingrid Betancourt.

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