A líder opositora María Corina Machado, que deseja disputar as eleições presidenciais na Venezuela, apesar de sua inabilitação política, denunciou, nesta quarta-feira (7), o que chamou de "ataque violento" de apoiadores do governo de Nicolás Maduro durante um ato político.

"Alerto o mundo para o ataque violento de que fomos alvo" na localidade de Charallave, a 56 km da capital Caracas, publicou María Corina na rede social X. "Mais de uma centena de coletivos do regime [nos] atacaram com pedaços de pau e pedras e feriram várias pessoas", acrescentou.

A ex-congressista publicou vídeos que mostram um carro com vidros quebrados e um ativista com ferimento na cabeça e camisa manchada de sangue. A imprensa local divulgou vídeos em que María Corina aparece sendo empurrada enquanto deixa o local.

"Mais uma vez, violam a liberdade de associação e reunião. Basta de perseguição e agressões!", criticou a organização política da opositora, Vente Venezuela. 

María Corina Machado venceu as eleições primárias da maior coalizão opositora, a Plataforma Unitária, para as eleições presidenciais, que devem acontecer este ano. O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), no entanto, ratificou no mês passado sua inabilitação por 15 anos, que a impediria de lançar sua candidatura.

O chavismo, no poder, acusou a oposição de planos frustrados para assassinar Maduro, motivo pelo qual foram presas mais de 30 pessoas.

Ao longo de sua campanha, María Corina fez diversas denúncias de agressão.

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