O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, garantiu no domingo (4) que "o povo que está no poder" vai "ganhar por bem ou por mal", em meio a denúncias de conspirações, em um ano em que também é candidato à reeleição.

"Diante de qualquer circunstância, ou tentativa imperialista oligárquica: calma e sanidade, nervos de aço, máxima união e mobilização cívico-militar, que a equipe vença, e nós vamos vencer por bem ou por mal", disse Maduro, vestido com uma camisa vermelha, diante de milhares de pessoas que comemoravam o 32º aniversário do golpe de Estado fracassado que o ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013) liderou em 4 de fevereiro de 1992, sete anos antes de chegar ao poder pelas urnas. 

"Saímos sempre para ganhar, seja como for que nos colocam, quando nos colocam, onde quer que nos coloquem, o povo (está) organizado e preparado para vencer as próximas eleições presidenciais deste ano", acrescentou.

O chavismo comemorou 25 anos no poder e, neste ano, sua continuidade está em jogo nas eleições nas quais Maduro tentará uma terceira reeleição. 

"Estamos aqui com o voto do povo, com o soberano: o único que dá, o único que tira (...). Na Venezuela só o povo manda, os sobrenomes não mandam nem os sobrenomes voltarão a mandar neste país", disse Maduro, que com "sobrenomes" se refere pejorativamente à oposição, que normalmente acusa de ser uma "oligarquia" distante do povo.

Em declaração nesta segunda-feira (5) à emissora oficial VTV, o ministro das Comunicações, Freddy Ñáñez, esclareceu que, com a expressão "por bem ou por mal", Maduro se referia a defender "a paz das más intenções daqueles que querem inocular uma guerra no país", sem fazer referência às eleições. 

As eleições presidenciais ainda não têm data. Segundo acordos assinados pelo governo e pela oposição em Barbados, com a mediação da Noruega, devem ser convocadas para o segundo semestre de 2024.

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