Diante de mais de 40.000 curiosos que passaram a noite acordados, a famosa marmota Phil, da cidade de Punxsutawney, na Pensilvânia, saiu de sua toca nesta sexta-feira (2) para anunciar que a primavera chegará mais cedo este ano, em meio à mudança climática. 

"Boas notícias neste Dia da Marmota: o início da primavera está chegando", anunciou o mestre de cerimônias vestido de smoking e cartola, nessa cerimônia organizada todo 2 de fevereiro por membros do Clube da Marmota de Punxsutawney, na localidade de Gobbler's Knob, o lar oficial de Phil, nos arredores da cidade. 

Quando Phil sobe à superfície, após passar o inverno em sua toca, e vê sua sombra, é um presságio de mau tempo, que pode durar mais seis meses, como aconteceu no ano passado. 

Em 2024, porém, após examinar cuidadosamente a posição de Phil em uma plataforma, o júri determinou que não havia sombra, o que significa que a primavera está chegando, deixando o frio e a neve para trás. 

"Mais um sono de inverno interrompido para poder conhecer a multidão. De qualquer modo, é difícil dormir quando a festa é tão barulhenta", afirmou o vice-presidente do Clube da Marmota de Punxsutawney, Dan McGinley, lendo um pergaminho "selecionado" pela marmota.

O animal ouviu, impávido, à previsão do tempo, apesar da multidão ao redor, que explodiu de alegria ao saber da previsão. 

Quando não havia satélites e meios tecnológicos para prever o tempo, os agricultores dos Estados Unidos e do Canadá recorriam a esse método peculiar para prever o tempo dos próximos meses, essencial na época de plantio. 

O método foi imortalizado no filme "Feitiço do tempo", estrelado por Bill Murray em 1993. 

Com raízes na cultura celta, as diferentes ondas de migrantes europeus para o leste do país, em particular alemães e holandeses, trouxeram novos costumes em uma região que tinha na agricultura sua principal fonte de renda e para a qual a previsão do tempo era essencial. 

Os alemães costumavam usar o texugo para fazerem suas previsões meteorológicas. Em terras americanas, porém, os holandeses recorreram à marmota, que era mais abundante na área onde se estabeleceram em meados do século XVIII, segundo historiadores.

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