A UNRWA anunciou, nesta quinta-feira (1º), que pode se ver forçada a encerrar suas operações "no final de fevereiro", porque 13 países suspenderam suas doações, na esteira das acusações de Israel de que seus funcionários estiveram envolvidos no ataque do Hamas em 7 de outubro. 

"Se os financiamentos continuarem suspensos, muito provavelmente teremos de cessar as nossas operações no final de fevereiro, não apenas em Gaza, mas em toda a região", alertou o chefe da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, em um comunicado.

A agência também está presente na Cisjordânia, no Líbano, na Síria e na Jordânia. 

Vários países doadores anunciaram a suspensão de sua ajuda depois de Israel ter afirmado que 12 funcionários da agência participaram dos ataques do Hamas no sul de Israel, em outubro passado. 

Segundo a ONU, a UNRWA é a "espinha dorsal" da ajuda a Gaza, mas Israel acusa essa agência de estar "totalmente infiltrada pelo Hamas". 

Em 7 de outubro, combatentes do movimento islamista entraram no sul de Israel e mataram cerca de 1.140 pessoas, a maioria civis, de acordo com balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses. 

Também sequestraram cerca de 250 pessoas e levaram-nas para a Faixa de Gaza. Em torno de 100 reféns foram libertados em uma primeira trégua em novembro, em uma troca com prisioneiros palestinos. 

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva para "aniquilar" o Hamas, uma operação que já deixou mais de 27.000 mortos até o momento, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, conforme o último balanço do Ministério da Saúde do Hamas.

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