Os preços do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira (30) diante da multiplicação de focos de tensão no mundo.

O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em março subiu 0,40%, encerrando em 82,87 dólares. Enquanto o West Texas Intermediate (WTI) subiu 1,35%, a 77,82 dólares.

"Há muitas zonas de tensão geopolítica em ebulição", destacou Matt Smith, da Kpler. "E quando há tantas como agora, é muito difícil não temer uma perturbação na oferta."

Aos ataques dos rebeldes huthis do Iêmen a navios mercantes no Mar Vermelho, somou-se o ataque da chamada "Resistência Islâmica no Iraque" contra militares americanos na Jordânia, que deixou três mortos no domingo.

O analista também mencionou a decisão dos Estados Unidos de impor novas sanções aos setores de petróleo e gás na Venezuela, e os ataques de drones ucranianos contra instalações petrolíferas no território russo.

Os ataques com drones atingiram cinco locais na Rússia desde o início do ano, incluindo dois terminais e duas refinarias.

"Esses ataques mostram que Kiev tem a capacidade de atingir alvos em todo o oeste da Rússia, onde está a maioria dos ativos energéticos do país", de acordo com analistas da JPMorgan.

Os preços também foram sustentados pela decisão da Arábia Saudita de renunciar a um investimento anunciado em 2021 que elevaria sua capacidade de produção de 12 para 13 milhões de barris por dia em 2027.

Isso revela uma escolha da Arábia Saudita, que reduziu sua produção em dois milhões de barris diários desde o outono boreal de 2022, para sustentar os preços.

"Não precisam adicionar um milhão de barris de capacidade, enquanto Kuwait e Emirados Árabes Unidos estão aumentando a deles", estimou Smith.

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